segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Reciclagem pode gerar R$ 8 bilhões em ganhos econômicos e ambientais

A Lei 12.305/10 traz avanços que viabilizam a promoção do desenvolvimento econômico a partir do setor de resíduos sólidos.

Estimativas de coleta e destinação de resíduos sólidos urbanos no Brasil indicam que o País jogou no lixo em 2009 o equivalente a R$ 8 bilhões em materiais recicláveis. A estimativa leva em conta que apenas 13% de todo o lixo produzido no País - aproximadamente 56 milhões de toneladas por ano - é separado por coleta seletiva e consegue retornar para o sistema produtivo na forma de matéria-prima reutilizável. Os números fazem parte de um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (Ipea), que avaliou os principais benefícios econômicos e ambientais da reciclagem.

"Os resíduos sólidos não são mais vistos como lixo. Hoje, esses resíduos são um negócio com enorme potencial econômico e de inserção social", afirma o diretor de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Sérgio Antônio Gonçalves. O segmento já sinaliza para a criação de uma nova cadeia de produção, principalmente com a presença de pequenas empresas e de microindústrias de reciclagem.

A percepção de que uma mudança de atitude em relação ao lixo poderia render benefícios já existe no País há pelo menos 19 anos, quando começou a tramitar no Congresso o projeto de uma nova Política Nacional de Resíduos Sólidos. Resultado de uma compilação de mais de 140 projetos, a proposta foi finalmente aprovada em março pela Câmara e em julho pelo Senado, vindo a ser sancionada em agosto deste ano na forma da Lei 12.305/10.

A grande conquista foi convencer a indústria e a maioria dos empresários a assumir o compromisso de não somente produzir, mas passar também a se preocupar com o pós-consumo. O recém-aprovado ordenamento jurídico brasileiro impõe obrigações a governos, empresários e cidadãos e abre caminho para a prática da retroalimentação do setor produtivo brasileiro.

Pelo conceito de logística reversa, mecanismo instituído na Lei, fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes estão obrigados por lei a estruturar e pôr em prática sistemas que permitam o retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, independentemente dos serviços públicos de limpeza. No caso da ecoeficiência, esses mesmo agentes passam a ter o compromisso de fornecer bens e serviços de qualidade tomando o cuidado de utilizar o mínimo de recursos naturais.

"A lei trouxe inúmero avanços que viabilizam a promoção do desenvolvimento econômico a partir do setor de resíduos sólidos", afirma o diretor-presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Carlos Silva. "É certo que o consumidor vai fazer o primeiro juízo de valor e decidir se a embalagem pode ser reciclada ou não. Mas o setor produtivo vai ter que dispor de sistemas de cooperação com o Poder Público para viabilizar todo esse processo", analisa.

Fonte: IDG Now! publicado em 16/09/10

Esquadrão Verde Tang

O site abaixo é um incentivo da Tang, aquele conhecido suco artificial. É direcionado especialmente para que as crianças contribuam para a reciclagem das embalagens do produto, pois envolve uma espécie de jogo virtual.
A idéia é bem legal, e acredito que motive bastante as crianças a reciclar as embalagens.
Segue o link abaixo:
http://www.esquadraoverdetang.com.br/

E aí, o que acharam da idéia?

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

INCINERADORES DE LIXO AUMENTAM O RISCO DE CÂNCER DE MAMA E FÍGADO


(Fonte: globo.com)
Exposição à fumaça tóxica aumenta de 4,8% a 6,9% as chances de se desenvolver câncer de mama e de 6,8% a 9,7% as de câncer de fígado

O risco de desenvolver um câncer, sobretudo de mama ou fígado, aumenta com a exposição à fumaça dos incineradores de lixo, relevou um estudo publicado em Paris.

Segundo o grau de exposição (de médio a forte), o risco constatado aumenta de 4,8% a 6,9% para o câncer de mama e de 6,8% a 9,7% para o câncer de fígado, indicaram encarregados do Instituto Nacional de Vigilância Sanitária (INVS) francês.

A França tem o maior parque de incineradores da Europa, com 128 locais em funcionamento.
Neles são queimados lixos diversos, sobretudo materiais plásticos e metais que liberam várias substâncias tóxicas (partículas, metais pesados, dioxinas, líquidos inflamáveis e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos) que podem ser inalados, ingeridos ou contaminar o solo e, conseqüentemente, os animais e os vegetais.

"A questão não é a distância da residência com relação ao incinerador, mas a exposição à fumaça" que ele libera, explicou Gilles Brücker, diretor geral do INVS. O estudo foi realizado em quatro departamentos que abrigam 16 incineradores, onde 135.500 casos de câncer foram detectados durante os anos 1990, em pessoas expostas à fumaça dos incineradores durante os anos 70 e 80.

Além dos cânceres de mama entre as mulheres e de fígado entre mulheres e homens, o estudo evidenciou um risco aumentado para duas outras formas de cânceres: os linfomas não-hodgkinianos (até 8,4%) e os sarcomas de tecidos moles (de 9% a 13%).

A INVS ressaltou, entretanto, que os incineradores atuais são "menos poluentes e melhor controlados" porque as novas normas européias impõem desde o fim de 2005 um máximo de 0,1 nanograma de dioxina por metro cúbico (1 ng = um bilionésimo de grama).

Brasileiro produz tanto lixo quanto europeu



(Fonte: O Estado de S. Paulo, por Andrea Vialli)


Estudo em 364 cidades mostra que o País já se aproxima dos Estados Unidos, o campeão

O brasileiro já produz a mesma quantidade de lixo que um europeu. A melhoria do poder de compra dos brasileiros está fazendo com que a população do País gere cada vez mais lixo inorgânico, como embalagens, ao mesmo tempo em que a implantação de programas de coleta seletiva e os níveis de reciclagem não crescem na mesma medida.
A média de geração de lixo no Brasil hoje é de 1,152 kg por habitante por dia, padrão próximo aos dos países da União Europeia, cuja média é de 1,2 kg por dia por habitante. Nas grandes capitais, esse volume cresce ainda mais: Brasília é a campeã, com 1,698 kg de resíduos coletados por dia, seguida do Rio, com 1,617 kg/dia, e São Paulo, com 1,259 kg/dia.

Além disso, o volume de lixo cresceu 7,7% em 2009 - foram 182 mil toneladas/dia geradas em 2009, ante 169 mil toneladas/dia no ano anterior. Os dados fazem parte do estudo "Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2009", que será divulgado hoje, no Rio.

Tijolos de lixo - uma solução sustentável


A China inventou uma maneira de diminuir seu lixo.
O Instituto de Pesquisas do meio ambiente e Higiene de Beijing desenvolveu um processo para misturar lixo em argila para produzir tijolos. Em apenas alguns meses, uma olaria fabricou cerca de 54 milhões de tijolos, consumindo 46.884 toneladas de lixo.

Plásticos constituem maior parte de lixo no mar, diz ONU

Produtos plásticos - como garrafas, sacos, embalagens de comida, copos e talheres - formam a maior parte do lixo encontrado no oceano, segundo um relatório do Programa Ambiental da ONU (Unep, na sigla em inglês) publicado nesta segunda-feira para marcar o Dia Mundial dos Oceanos.
Em algumas regiões, esses produtos correspondem a 80% do lixo encontrado no mar.

Segundo a ONU, não há um número exato da quantidade de lixo boiando nos mares, porque os dados coletados são mais precisos em algumas regiões e menos precisos em outras, mas a Unep afirma que as evidências são de que a quantidade de lixo está aumentando.

"O lixo marinho é sintomático de um problema maior: o desperdício e a persistente má administração dos recursos naturais. Os sacos plásticos, garrafas e outros lixos se acumulando nos oceanos e mares poderiam ser reduzidos drasticamente por uma política de redução de lixo, administração e iniciativas de reciclagem", disse Achim Steiner, sub-secretário geral da ONU e diretor executivo da Unep.

"Parte deste lixo, como os sacos plásticos finos que só podem ser usados uma vez e sufocam a vida marinha, deveriam ser proibidos, ou rapidamente tirados de circulação em todo lugar - não há mais como justificar a fabricação desses sacos em nenhum lugar."

"O lançamento de outros dejetos pode ser cortado aumentando a consciência do público e usando uma série de incentivos econômicos e mecanismos de mercado inteligentes que façam a balança pesar a favor da reciclagem, redução ou reutilização de produtos, em vez de jogá-los no mar", disse Steiner.

Plástico

Os compostos tóxicos do plástico podem ser encontrados nos organismos que o consomem, diz o relatório, afirmando que o produto pode ser confundido com comida por vários animais, inclusive mamíferos marítimos, pássaros, peixes e tartarugas.

As tartarugas marinhas, em particular, podem confundir sacolas plásticas boiando com águas-vivas, um de seus alimentos favoritos.

Uma pesquisa de cinco anos com fulmaros glaciais - um pássaro encontrado na região do Mar do Norte - concluiu que 95% desses pássaros continham plástico em seus estômagos.
Segundo o relatório, além de produtos plásticos, pontas e maços vazios de cigarro e de charuto estão entre os produtos mais encontrados nos oceanos, correspondendo a 40% do lixo encontrado no Mar Mediterrâneo. O turismo também têm impacto significativo sobre o estado dos oceanos e costas em todo o mundo.

Em algumas áreas do Mediterrâneo, mais de 75% do lixo é produzido durante a temporada de verão, com forte presença de turistas.

Atividades costeiras correspondem a 58% do lixo encontrado no Mar Báltico e quase metade do lixo encontrado no mar na região do Japão e da Coreia do Sul.

O relatório ainda conclui que a maior parte do lixo marinho vem de atividades baseadas em terra firme.

Segundo o Unep, o problema do lixo marinho é particularmente grave na região dos mares do sudeste asiático - onde vivem 1,8 bilhão de pessoas, 60% delas nas áreas costeiras.

Prejuízo

A ONU também atribui o aumento da poluição ao crescimento econômico e urbano, além das atividades marítimas.
Além dos problemas de saúde e para a vida marítima, o lixo nos mares também provoca prejuízos econômicos, afirma o documento, com barcos e equipamentos de pesca danificados e contaminação de instalações para turismo e agricultura.

O custo de limpeza das praias de Bohuslan, na costa oeste da Suécia, foi de pelo menos U$S 1.550.200, em apenas um ano. No Peru, a cidade de Ventanillas calculou que teria de investir cerca de US$ 400 mil por ano para limpar sua costa - o dobro do orçamento para a limpeza de todas as áreas públicas.

A ONU ainda recomenda a imposição de altas multas para embarcações que jogarem lixo no mar e a suspensão de taxas para o processamento do lixo nos portos, para desestimular o despejo nos oceanos.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Compostagem doméstica

Lixo orgânico transformado em adubo por rede de supermercados no RJ

Reportagem da GloboNews realizada em uma rede de supermercados no Rio de Janeiro que traz um ótimo exemplo para transformação dos produtos orgânicos em adubo. O vídeo possui 20 minutos de duração, mas vale a pena conferir!
Essa atitude pode ser seguida como exemplo nas redes de supermercado do Rio Grande do Sul.

http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1611413-17665-304,00.html#

OBS: não é possível postar o vídeo na página, é necessário acessar o link acima.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Especial Noronha - Lixo e esgoto




Esse vídeo traz exemplos de como é tratado o lixo na Ilha Fernando de Noronha, no Nordeste brasileiro.