domingo, 24 de outubro de 2010

Brasil e seus resíduos sólidos urbanos!


Neste Blog você encontra as principais noticias a respeito do lixo... Idéias para reaproveitar o lixo produzido diariamente por cada um de nós, local para o descarte de resíduos que não podem ser descartados no lixo comum, impactos ambientais que o lixo pode causar para a sociedade...
Mas porque tanta preocupação com o lixo? Qual a situação do Brasil em relaçao a coleta seletiva e separação seletiva?
- O Brasil produz cerca de 100 toneladas de lixo por dia, e recicla menos de 5%. Já os Estados Unidos e a Europa reciclam cerca de 40%.
- De tudo que é jogado diariamente no lixo, pelo menos 35% poderia ser reciclado ou reutulizado e outros 35% poderiam ser transformados em adubo orgânico. Isso não ocorre porque misturamos o lixo, descartamos lixo tóxico ou especial no lixo comum...
- Cerca de 50,8% do lixo brasileiro vai parar em lixões a céu aberto, local totalmente impróprio para receber esses resíduos (maiores informaçoes no artigo "caminho do lixo", postado em setembro.)

Quando percebermos o impacto ambiental que o lixo mal descartado pode gerar, bem como a grande fonte de renda que o lixo pode ser, quando bem reaproveitado, algo que hoje não tem valor nenhum poderá ser encarado como um negócio muito lucrativo.

Crise: Autarcas de Nápoles, Italia, rejeitam acordo sobre o lixo

Domingo calmo na província de Nápoles, em Itália, após vários dias de confrontos e protestos contra a abertura de mais uma estação de depósito de lixos urbanos.

O responsável da Protecção Civil, em representação do primeiro-ministro, reuniu-se, no sábado à noite, com as autoridades locais. Na reunião tinha sido estabelecido um acordo para adiar a abertura de um novo depósito se os protestos terminassem, mas os autarcas recusaram o acordo esta manhã.

As populações, por seu turno, já não conseguem suportar as condições em que vivem:
“Estamos sujeitos a tumores cancerígenos e temos em permanência este cheiro sórdido, 24 horas por dia”, explica uma residente de Terzigno.

A crise levou ao acumular de toneladas de lixo nas ruas das principais localidades da província. Esta é uma situação recorrente desde 2007.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro, Sílvio Berlusconi, prometeu uma compensação de 14 milhões de euros aos municípios afectados pelo novo depósito de lixos urbanos e mostrou-se confiante que o problema se resolve em dez dias.

Fonte: Euronews, consultado em 24/10/2010

Site: http://pt.euronews.net/2010/10/24/autarcas-de-napoles-rejeitam-acordo-sobre-o-lixo/

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Greenpeace deixa lixo radiativo na sede do Parlamento da UE

07 de outubro de 2010 | 12h 58
Ativistas do Greenpeace deixaram nesta quinta-feira dois tambores de lixo radiativo na entrada do Parlamento da União Europeia, em Bruxelas, e se algemaram aos tambores, reivindicando novas e mais rígidas leis ambientais na UE.
Outros manifestantes escalaram mastros de bandeiras próximos, brandindo cartazes dizendo "Lixo nuclear - não há solução".
O Greenpeace disse que as amostras de dejetos radiativos foram coletadas de uma praia pública, um rio, o leito do mar e um vilarejo, respectivamente na Grã-Bretanha, Bélgica, França e Níger. Mais tarde os tambores foram retirados do local pelas autoridades belgas.
A comissão executiva da União Europeia deve propor nas próximas semanas novas normais para o tratamento de lixo das usinas nucleares. Os ativistas disseram que estavam protestando contra os pontos fracos nas primeiras versões provisórias das novas normas.
"No momento, as novas normas quase não passam de um exercício de relações públicas que visa abrir caminho para a construção de várias novas usinas nucleares", disse o porta-voz do Greenpeace Jack Hunter.
(Reportagem de Emily Coleman)

NOVIDADE - BIODIESEL DE PO DE CAFÉ USADO


O fato é muito estranho, mas não deixa de ser uma ótima NOTÍCIA VERDE.
Segundo o “The Journal of Agricultural and Food Chemistry”, cientistas da Universidade de Nevada, nos Estados Unidos da América, informaram que é possível extrair óleo combustível do subproduto da tradicional bebida.
É claro que não existe pó usado suficiente para produzir quantidades significativas em termos globais, todavia pode ser uma fonte a mais na produção de energia renovável. O custo de produção seria em torno de 1 dólar por galão.
A curiosidade maior neste caso é que a queima deixa um inconfundível cheiro de café no ar.

A força poluidora do óleo de cozinha




Toda vez que um litro de óleo de cozinha é despejado pia abaixo contamina o volume de água suficiente para 14 anos de consumo de um ser humano. O efeito é mesmo devastador: afeta a qualidade de um milhão de litros de água.
Aparentemente inofensiva, a prática de jogar o óleo na pia é danosa tanto para o meio ambiente quanto para a infra-estrutura de escoamento de uma cidade.
O produto é capaz de formar uma camada na superfície das águas, impedindo a oxigenação nela. "A flora e a fauna que se desenvolvem dentro das águas tendem, então, a morrer", alerta o gerente de coleta seletiva da Emlurb, André Penna. Além disso, pode impermeabilizar solos, dificultando a penetração da água das chuvas e provocando alagamentos.

Os danos começam logo após o descarte. O óleo pode formar uma espécie de crosta dentro de canos e galerias pluviais durante a passagem. Assim, essas estruturas podem ficar entupidas ou mesmo estourar. "Sabe aquela sujeira preta freqüentemente encontrada nas proximidades de restaurantes? Aquilo é óleo despejado em pia", ilustra Penna.

Para evitar tantos prejuízos por causa de um descarte inadequado de material, o coordenador da Associação Meio Ambiente, Preservar e Educar (Amape), Sérgio Nascimento, dá a dica. A pessoa deve deixar o óleo pós-consumo esfriar por alguns minutos e, em seguida, despejá-lo com a ajuda de um coador em uma garrafa PET ou em uma bombona. "Coar é importante para diminuir a quantidade de resíduos orgânicos no óleo. Os restos de comida diminuem a qualidade do óleo e as chances de ele ser reutilizado", justificou. O recipiente pode ser então levado para um ponto de coleta.

O lixo dos Estados Unidos transformou Zhang Yin na pessoa mais rica da China.



Em 1990, Zhang começou a coletar papel usado em Los Angeles e a enviá-lo para a China, onde seria utilizado na confecção do papelão necessário para os setores exportadores do país em expansão.
Sua empresa, a Nine Dragons Paper Holdings Ltd., é atualmente a maior fabricante de embalagens da China. As ações da Nine Dragons quadruplicaram de valor desde sua Oferta Pública Inicial (OPI), realizada em março do ano passado, levando a fortuna de Zhang a US$ 4,7 bilhões.
"Outras pessoas viam o papel usado como lixo, mas eu o encarei como se fosse uma floresta cheia de árvores", diz Zhang, de 49 anos. "Eu tive de aprender tudo do zero. O negócio era tocado apenas por mim e por meu marido, e eu não falava uma palavra de inglês", recorda.
"A empresa de Zhang é a líder do setor", diz Lilian Co, que administra US$ 2,7 bilhões em ativos no Baring Hong Kong China Fund, o quarto maior acionista da Nine Dragons, com 29 milhões de ações da companhia. "O mercado está se expandindo e há escassez de oferta".
Líder entre grandes fortunas Zhang é a "self-made woman" mais rica do mundo, à frente da apresentadora de talk show norte-americana Oprah Winfrey e da principal executiva do site EBay Inc., Meg Whitman, segundo a Hurun Report, revista de Xangai que roduz o ranking das pessoas mais ricas da China.
Em outubro, a Hurun disse que Zhang era a pessoa mais rica da China, após ter superado Huang Guangyu, fundador da Gome Electrical Appliance Holdings Ltd. A revista estimava a fortuna de Zhang em US$ 3,4 bilhões, comparativamente aos US$ 2,5 bilhões de Huang.

Novas embalagens de molho de tomate são um retrocesso ambiental


As novas embalagens de molhos e extratos de tomate são um retrocesso ambiental. A indústria está substituindo as tradicionais latas de ferro por sacos de plástico laminado. As embalagens tradicionais eram de lata (ou folha de Flandres). As latas são fáceis de reciclar. E se decompõem totalmente se forem parar em algum terreno baldio ou lixão.

Já as novas embalagens criam um problema para o descarte. Elas são feitas com um material composto, que mistura camadas de plástico e metal. Hoje não há tecnologia economicamente viável para separar esses componentes e reciclá-los. Algumas entidades começam a tentar coletar esses sacos para fazer com eles outros produtos, como bolsas. Mas não dão conta de todo o volume produzido. Além disso, esse material não é biodegradável, como a lata. Se for parar na natureza, fica lá por milhares ou milhões de anos.

A substituição provavelmente tem razões econômicas. Os produtos embalados nos saquinhos custam quase a metade do preço do que as latas no supermercado. Também permite lançar saquinhos com quantidades menores de molho de tomate, o que evita desperdícios. Mas o custo ambiental pode ser mais alto do que a economia no caixa do supermercado.

Não é primeira vez que a indústria de embalagens passa por um retrocesso do tipo. Há poucos anos, os fabricantes de óleo de cozinha também trocaram as embalagens de lata por garrafas plásticas (tipo PET). As latas eram biodegradáveis. As garrafas PET não. Naquele caso, o grande diferencial foi a atratividade do produto. O consumidor preferia comprar o óleo na embalagem transparente.

A economia ou atratividade do produto para o consumidor vai resultar em um custo mais alto de descontaminação de ambientes naturais e na sobrecarga dos depósitos de lixo. Mas não dá para esperar que alguma empresa desafie sozinha a tendência do mercado e insista na embalagem ecologicamente correta. Em alguns casos, só a regulamentação governamental pode resolver isso.

(Alexandre Mansur)

Link para a notícia da revista Época: Novas embalagens de molho de tomate são um retrocesso ambiental

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Impacto Social da Coleta de Lixo pelos Catadores



Os catadores de lixo chegam a percorrer em média mais de 20 Km por dia, puxando carrinhos com mais de 200 Kg de lixo, numa jornada cotidiana que muitas vezes ultrapassa 12 horas ininterruptas e lhes rende um ganho diário de R$ 2 a R$ 5. É o que revela o estudo com grupos de catadores autônomos do Município de São Paulo realizado por Marina Pacheco. Em geral, são analfabetos, têm baixa ou nenhum grau de escolaridade - o que consequentemente leva à exclusão do mercado de trabalho formal. Além disso, não existem direitos trabalhistas formalizados para esta categoria de trabalho: falta de proteção quando ocorrem problemas de saúde ou acidentes de trabalho.

Fonte: MEDEIROS, L.F; MACEDO, K.B. Catador de material reciclável: uma profissão para além da sobrevivência? Psicologia & Sociedade – vol. 18 – nº 2 – Porto Alegre – mai./ago. 2006

Onde descartar os medicamentos vencidos?



Os medicamentos não pode ser no lixo comum, pois contêm substâncias químicas que podem contaminar o solo e a água.

Intermediários em Porto Alegre:

Panvel, Pharma & Cia
www.saude.hagah.com.br/rs/grande-porto-alegre/qualidadedevida

Luta livre com lâmpada fluorescente no Japão

Mesmo sabendo que as lâmpadas fluorescentes são altamente tóxicas e trazem danos irreparáveis ao nosso organismo, existe um tipo de luta livre no Japão que ignora este fato. A única e principal arma é a lâmpada e o vencedor é aquele que estourar o maior número delas na cabeça do adversário.



Você sabe qual destino deve dar às lâmpadas fluorescentes?

Jamais descarte-as no lixo convencional! Você sabia que...

1 lâmpada pode tornar não potável cerca de 20 mil litros de água?

Tratamento correto para este tipo de material: Plantas para descontaminação

Intermediários em Porto Alegre:

- Pró-Ambiente Ltda (51) 3219-4000
- Axia Administrações e Participações Ltda (51) 3346-3999
www.axias.com.br

"Lei do lixo" prevê logística reversa e cuidados com lixo eletrônico

Logística reversa

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que a Política Nacional de Resíduos Sólidos (lixo) estabelece um "novo quadro" para a reciclagem.

A nova lei responsabiliza as empresas pelo recolhimento de produtos descartáveis (logística reversa), estabelece a integração de municípios na gestão dos resíduos e responsabiliza toda a sociedade pela geração de lixo.

A ministra acredita que a legislação poderá mudar o padrão de consumo diminuindo a produção de resíduos e formalizando o trabalho dos catadores, "que era voluntário".

A lei sobre a política nacional de reciclagem do lixo, que tramitou no Congresso Nacional por 21 anos foi sancionada hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Lixo eletrônico

A professora e pesquisadora do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (CDS/UnB), Izabel Zaneti, afirma que o trabalho de coleta e reciclagem é cada vez mais importante.

"Os resíduos estão crescendo em quantidade e complexidade", disse ela, lembrando dos resíduos de aparelhos eletrônicos, como as baterias dos telefones celulares e outros materiais que contém metais pesados de alto impacto ambiental.

A sanção da lei também foi comemorada pelo Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) que espera que os trabalhadores possam ser remunerados pela prestação de serviços às prefeituras pela coleta, separação e reciclagem do lixo.

O movimento espera que a lei aumente a renda dos recicladores. Atualmente a renda média de um catador é de cerca de um salário mínimo (R$ 510). "Queremos ser enxergados de outra forma, não assistencialista", disse Roberto Rocha, da coordenação nacional do movimento, esperando que as prefeituras contratem as cooperativas e paguem o serviço de uma forma melhor.

Aproveitamento energético do lixo

A associação de catadores ainda não tem estimativa de quanto a renda dos catadores poderá ser incrementada.

Apesar de apoiar a lei, o movimento, no entanto, questiona o "aproveitamento energético" dos gases gerados nos aterros sanitários com a incineração do material acumulado, conforme previsto na lei.

"O Brasil não precisa queimar lixo", criticou Roberto Rocha. Segundo ele, os principais materiais a serem incinerados são feitos de plástico, um dos produtos mais valorizados na cadeia de reciclagem.

A lei dos resíduos sólidos proíbe a existência de lixões e determina a criação de aterros para lixo sem possibilidade de reaproveitamento ou de decomposição (matéria orgânica). Nos aterros, que poderão ser formados até por consórcios de municípios, será proibido catar lixo, morar ou criar animais.

As prefeituras poderão ter recursos para a criação de aterros, desde que aprovem nas câmaras de vereadores uma lei municipal criando um sistema de reciclagem dos resíduos.


Fonte: Site Inovação Tecnológica. Acesso em: 18/10/2010.
Disponível em: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=lei-do-lixo&id=030175100803

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Aprenda a fazer uma sacola de jornal!!!!

Todo mundo já sabe que as ecobags vieram para ficar e, cada dia mais, as pessoas trocam os sacos plásticos por sacolas reaproveitáveis. O problema é que muita gente reaproveita o saco do supermercado nas lixeiras de casa. Aí surge o dilema: o que pode ser usado para substituir as sacolinhas, já que os sacos de lixo vendidos no mercado também são feitos de plástico?

Se você é uma dessas pessoas, seus problemas acabaram! Nesse passo a passo você irá aprender a fazer um saquinho de jornal, feito a partir de uma dobradura de origami.

Segundo Martha Maria Lopes Pontes, dona da ideia, o processo é rápido e fácil, pode ser feito em apenas 20 minutos e utiliza apenas jornal velho. O copinho pode ser feito com apena uma folha de jornal ou outro tipo de papel, mas a artesã aconselha usar mais de uma para deixá-lo mais resistente.

Confira o passo a passo:

saco-passos.jpg

1. Faça uma dobra para marcar, no sentido vertical, a metade da página da direita e dobre a beirada dessa página para dentro até a marca, e assim terá um quadrado;

2. Dobre a ponta inferior direita sobre a ponta superior esquerda, formando um triângulo;

3. Dobre a ponta inferior direita do triângulo até a lateral esquerda;

4. Vire a dobradura e, novamente, dobre a ponta da direita até a lateral esquerda;

5. Para fazer a boca do saquinho, pegue uma parte da ponta de cima do jornal e enfie para dentro da aba que você dobrou por último, fazendo-a desaparecer lá dentro;

6. Sobrará a ponta de cima que deve ser enfiada dentro da aba do outro lado, então vire a dobradura para o outro lado e repita a operação;

7. Abra a parte de cima e você verá o saquinho pronto!

8. Agora é só encaixar dentro do seu cesto de lixo e abandonar de vez o saco plástico.

saco-capa.jpg

fonte: www. ecodesenvolvimento.org.br

Descarte certo

Sabe aquela geladeira antiga que você não usa mais? Ou mesmo os aparelhos eletrônicos deixados de lado? Ah, sem contar as pilhas e baterias aposentadas e os remédios vencidos? Se não bastasse a dúvida sobre o que fazer com essas coisas todas, ainda temos de tratá-las com cuidados especiais. “Por conterem substâncias tóxicas, quando descartados de forma incorreta no meio ambiente, esses e outros itens, como óleo de cozinha e lâmpadas, contaminam o solo e a água”, explica a doutora em engenharia química Carolina Afonso Pinto, formada pela Universidade de São Paulo (USP).

“Para quem não recebe água tratada, a opção é captar de rios ou do lençol freático através de poços artesanais. É aí que mora o perigo”, alerta. Como a maioria desses objetos ainda é eliminada junto com o lixo comum nos chamados “lixões”, o impacto é certeiro. “Não há nenhum controle sobre eles, o que amplia a proliferação de gases tóxicos e líquidos poluentes, como o chorume. O resultado são as doenças, além de solo e ar poluídos”, declara Jorge Tenório, professor titular de engenharia de materiais da Universidade de São Paulo (USP). Como isso pode se agravar e nos trazer problemas futuros? Basta olhar ao redor e ver a multidão de pessoas consumindo sem parar. E o pior: sem saber o que fazer com o que possuem. “Produzimos três vezes mais lixo eletrônico do que lixo comum, que já é insustentável ao planeta”, fala Heloisa Mello, diretora de operações do Instituto Akatu, em São Paulo.

“Consumimos 30% além do que o mundo pode renovar, por isso entramos em uma espécie de cheque especial para sobreviver”, conta Heloisa. Exagero? Não quando observamos a quantidade de novidades lançadas a cada dia. “O consumo hoje é descartável. Os produtos têm pouca durabilidade e essa troca é intensa e rápida”, completa. O alerta nos convida a uma reflexão sobre o futuro de nossas ações daqui para frente. “Não podemos deixar para quando sentirmos na pele o problema. É melhor prevenir do que ter de tomar medidas mais duras depois”, reforça Dinah Monteiro Lessa, diretora do Instituto Recicle, em São Paulo.

CONSUMO CONSCIENTE
Pare e pense em quantos objetos você compra, usa e joga for a diariamente. Saberia dizer quais eram realmente necessários? Você usou-os no mesmo instante ou só depois de semanas ou meses? Essas perguntas podem até parecer simples, mas ajudam muito na hora da decisão. “Devemos pensar no descarte assim que escolhemos o produto”, avisa Heloisa Mello. “O ideal é priorizar os que tenham durabilidade e uso imediato.

Além disso, dê preferência às empresas que os fabricam com sustentabilidade”, reforça Dinah Monteiro Lessa. Por exemplo, observar se as embalagens são feitas de materiais recicláveis e se a empresa as recolhe quando perdem a utilidade já ajuda nessa missão. “As pequenas atitudes individuais resultarão em grande diferença. Se cada um fizer a sua parte, a consequência será gigantesca”, ressalta Heloisa Mello.

O esforço de todos colabora e, com a nova lei de resíduos sólidos, o caminho começa a ser traçado de forma mais rápida. Agora, os fabricantes de eletrônicos, eletrodomésticos,lâmpadas, óleos lubrificantes, pilhas e baterias deverão recolher seus produtos após o término de sua vida útil. Nas páginas a seguir,você verá como descartar de forma adequada todos os tipos de lixo tóxico, incluindo os remédios. Veja aqui algumas indicações e consulte no site da revista Bons Fluidos uma lista mais ampla dos locais que recebem esses materiais.

CADA UM NO SEU LUGAR
PILHAS E BATERIAS
Se fizer um passeio rápido pela sua casa e visitar quartos, cozinha, sala e banheiro, talvez você não perceba que todos esses ambientes têm objetos que trazem algo em comum: pilhas ou baterias. Independentemente do tipo ou do tamanho, o estrago que esses itens causam à natureza e ao homem vem dos metais cádmio, chumbo e mercúrio. Quando entram em contato com o solo, a contaminação é certa e se estende às plantas e animais que vivem nesses locais. O mesmo raciocínio vale para nós, uma vez que, eventualmente, podemos ingerir alimentos contaminados em algum momento da cadeia produtiva.
Onde estão: controles remotos, filmadoras, máquinas fotográficas, telefones fixos e sem fio, celulares, mp3s, barbeadores, brinquedos, lanternas, rádios, notebooks, calculadoras, aparelhos de DVD, relógios e outros produtos que usem pilhas ou baterias comuns e recarregáveis.
Como descartar: envolva a pilha ou a bateria em um saco plástico, separando-o do lixo comum, e deposite em postos de coleta específicos.

Publicado em 05/10/2010 no www.planetasustentavel.com.br

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

DMLU estima ter recolhido quase 100 toneladas de santinhos em Porto Alegre

As eleições no Brasil são sinônimo de grande produção de papéis de propaganda eleitoral. Abaixo, trouxe a matéria que saiu hoje no site do ClicRBS sobre as eleições do dia 03/10/10.

Uma enxurrada de papéis de propaganda de candidatos, os chamados santinhos, foi retirada de ruas e calçadas de Porto Alegre entre ontem e hoje. Segundo o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), uma equipe de 642 funcionários e 38 caminhões começou o trabalho de varrição logo após o fechamento das urnas. O total recolhido até esta manhã chegava a quase 100 toneladas, conforme o assessor do órgão da prefeitura, Roberto Azevedo.

— O volume recolhido neste ano nos surpreendeu muito. O total é praticamente o dobro do que foi recolhido em outras eleições, em 2006 e 2008, quando ficou na faixa de 52, 53 toneladas — explicou ele.

Segundo Azevedo, o material foi encontrado, principalmente, perto de paradas de ônibus e locais de votação. As cargas de papel serão levadas ainda hoje para um aterro sanitário, onde serão enterradas.

— Foi muito difícil varrer já que ventou muito e espalhou os santinhos. Equipes trabalharam ao longo da madrugada e nesta manhã. Ainda tem nas ruas mais papel do que a gente gostaria e o trabalho continua — disse ele.

Com a sustentabilidade sendo discutida cada vez mais, inclusive por candidatos, é de se espantar que a quantidade dos "santinhos" tenha crescido consideravelmente em relação às duas eleições passadas.