Mas o que tem sido a fim de mudar essa situação? É certo que o engajamento entre empresas e sociedade em geral é fundamental para que tal situação seja alterada e isso precisa ser feito urgentemente. A discussão a respeito da abolição total ou parcial do uso das sacolinhas gera muita controvérsia, pois envolve uma série de investimentos e adesão por ambas as parte (comércio e consumidores) para que as redes varejistas, por exemplo, modifiquem o sistema atual do uso de sacos plásticos para embalar as mercadorias. Algumas empresas, no entanto, têm tomado atitudes a fim de conscientizar seus clientes a respeito dos malefícios causados ao meio-ambiente no descarte impensado das "sacolinhas" . A rede Carrefour, por exemplo, anunciou recentemente que pretende eliminar completamente o uso de sacos plásticos em suas lojas para embalar os produtos. Segundo o diretor de Sustentabilidade da rede, Paulo Pianez, serão retiradas 800 milhões de unidades de circulação ao ano quando o processo estiver completamente implantado.
A rede Panvel de fármacias também trabalhou na criação de um programa visando a diminuição do uso de sacolas descartáveis: oferecer aos clientes que possuem o cartão exclusivo da rede a opção de receber uma pontuação extra (que poderá ser trocada por produtos da loja) ao invés de levar os produtos adquiridos na sacola plástica. Por se tratarem de produtos pequenos, os consumidores não se importam em colocar a compra dentro da bolsa, por exemplo, e sentem-se duplamente recompesados - por ajudarem o meio-ambiente e por terem a vantagem de adquirir novos produtos sem pagar. Outras redes de varejo com atuação na região sudeste têm distribuído sacos plásticos biodegradáveis e, nas demais regiões do país, o uso de sacolas retornáveis tem sido bastante incentivado.
A indústria de plásticos, entretanto, sofre viés advindo dos problemas ambientais gerados pelas sacolas plásticas. Segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), estima-se que o consumo das mesmas diminuirá em 20% sendo que o segmento de sacolas descartáveis representa 14% do setor de plásticos no Brasil. Para reagir a isso, os fabricantes também estão reciclando sua visão de negócio partindo, desta forma, para o uso de materiais oxibiodegradáveis, hidrossolúveis e biodegradáveis, que se dissolvem na natureza de três a 36 meses e apenas no ano passado estes movimentaram transações na ordem de R$ 100 milhões.
E você, leitor, em sua opinião, o que pode ou deve ser feito para reduzir o uso das sacolas plásticas descartáveis? Você acha que a abolição total das sacolinhas seria possível no Brasil como foi legalmente estabelecido em outro países? Deixe seu comentário!!