domingo, 27 de junho de 2010

Ainda sobre sacolas plásticas

De heroína à vilã, a famosa "sacolinha plástica" se transformou em uma dor de cabeça. Já comentamos em postagens passadas a respeito da poluição causada pelo uso e descarte não consciente das mesmas, contudo, não se não se trata de exagero refletir novamente a respeito do destino dado às sacolas plásticas pela maioria de nós. Estima-se no Brasil que 90% de 1 bilhão de sacolas que mensalmente embalam produtos em lojas e supermercados vão parar no lixo. A situação já foi pior: há quatro anos, o país consumia 3 bilhões de unidades mensais, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief) - e com a mesma taxa de descarte.
Mas o que tem sido a fim de mudar essa situação? É certo que o engajamento entre empresas e sociedade em geral é fundamental para que tal situação seja alterada e isso precisa ser feito urgentemente. A discussão a respeito da abolição total ou parcial do uso das sacolinhas gera muita controvérsia, pois envolve uma série de investimentos e adesão por ambas as parte (comércio e consumidores) para que as redes varejistas, por exemplo, modifiquem o sistema atual do uso de sacos plásticos para embalar as mercadorias. Algumas empresas, no entanto, têm tomado atitudes a fim de conscientizar seus clientes a respeito dos malefícios causados ao meio-ambiente no descarte impensado das "sacolinhas" . A rede Carrefour, por exemplo, anunciou recentemente que pretende eliminar completamente o uso de sacos plásticos em suas lojas para embalar os produtos. Segundo o diretor de Sustentabilidade da rede, Paulo Pianez, serão retiradas 800 milhões de unidades de circulação ao ano quando o processo estiver completamente implantado.
A rede Panvel de fármacias também trabalhou na criação de um programa visando a diminuição do uso de sacolas descartáveis: oferecer aos clientes que possuem o cartão exclusivo da rede a opção de receber uma pontuação extra (que poderá ser trocada por produtos da loja) ao invés de levar os produtos adquiridos na sacola plástica. Por se tratarem de produtos pequenos, os consumidores não se importam em colocar a compra dentro da bolsa, por exemplo, e sentem-se duplamente recompesados - por ajudarem o meio-ambiente e por terem a vantagem de adquirir novos produtos sem pagar. Outras redes de varejo com atuação na região sudeste têm distribuído sacos plásticos biodegradáveis e, nas demais regiões do país, o uso de sacolas retornáveis tem sido bastante incentivado.
A indústria de plásticos, entretanto, sofre viés advindo dos problemas ambientais gerados pelas sacolas plásticas. Segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), estima-se que o consumo das mesmas diminuirá em 20% sendo que o segmento de sacolas descartáveis representa 14% do setor de plásticos no Brasil. Para reagir a isso, os fabricantes também estão reciclando sua visão de negócio partindo, desta forma, para o uso de materiais oxibiodegradáveis, hidrossolúveis e biodegradáveis, que se dissolvem na natureza de três a 36 meses e apenas no ano passado estes movimentaram transações na ordem de R$ 100 milhões.

E você, leitor, em sua opinião, o que pode ou deve ser feito para reduzir o uso das sacolas plásticas descartáveis? Você acha que a abolição total das sacolinhas seria possível no Brasil como foi legalmente estabelecido em outro países? Deixe seu comentário!!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Capital tem projeto para acabar com lixo nas rua



Prefeitura estuda a instalação de contêineires e recolhimento mecanizado


Porto Alegre poderá mudar sua coleta de lixo no próximo ano. A novidade seria a instalação de contêineres padronizados pela cidade, destinados ao acondicionamento do lixo antes do recolhimento. Os caminhões seriam equipados com um sistema mecanizado, controlado pelo motorista, capaz de recolher o conteúdo dos contêineres sem necessidade de trabalho braçal.

O diretor do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), Mário Monks, e uma equipe de técnicos apresentaram um anteprojeto ao prefeito José Fortunati sugerindo a alteração. Após a aprovação inicial do prefeito, a implantação do novo sistema depende de estudos.

Segundo Monks, além de aperfeiçoar o serviço, o uso de contêineres serviria para melhorar a qualidade de vida da população. Para ele, o lixo que é deixado na rua à espera do recolhimento pelo caminhão, por ficar muitas vezes exposto a céu aberto, ameaça a saúde de quem convive com esse problema. Há preocupação, também, com o papel do lixo nas enchentes que costumam atingir diversas regiões da Capital. Os resíduos entopem bueiros e prejudicam o escoamento da água.

– Muita gente deixa o lixo na rua e a coleta só chega dois, três dias depois, como está programada. Aí vem cachorro, chuva, e esse lixo se espalha. Com o novo sistema, esses problemas poderiam ser solucionados – explica. Monks adianta que seriam colocados de um a dois contêineres por quadra, dependendo da necessidade. A ideia poderá ser testada até março de 2011 em uma zona piloto que atingiria os bairros Centro, Bom Fim e Cidade Baixa. Após, se aprovado, o novo sistema cobriria, gradualmente, outras regiões.

Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/

Você concorda com a substituição de lixeiras por contêineres em Porto Alegre: Aproveite e participe da enquete! Não deixe de manifestar sua opinião!!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Sacos plásticos


A discussão a respeito do uso de sacolas plásticas é um tema bastante relevante. Os sacos plásticos apesar de úteis, causam uma tremenda poluição ao meio ambiente. Isso porque eles são feitos de cadeias moleculares inquebráveis, ou seja, são difícies de serem degradados, podendo levar cerca de 400 anos para desaparecer completamente. Além disso, a manufatura do polietileno (substância do qual é feito o saco plástico) faz-se a partir de combustíveis fósseis, o que acarreta a emissão de gases poluentes. Mas o maior problema é o destino final que damos a esses saquinhos plásticos. Eles sempre acabam nos aterros sanitários ou nos rios e oceanos quando o esgoto é jogado sem tratamento.

Nos aterros sanitários e mesmo lixões à céu aberto, os sacos plásticos dificultam e impedem a decomposição de materiais orgânicos e/ou biodegradáveis. Além disso, comprometem a capacidade do aterro, deixam o terreno muito impermeável e instável para uma boa adequação dos resíduos.
Já no mar, o saco plástico além de poluir visualmente, e diminuir a qualidade da água, provoca asfixias em animais marinhos. Baleias, tartarugas e golfinhos podem confundir algas e águas-vivas com os sacos plásticos e acabarem sufocadas, o que as leva à morte.

Em alguns lugares do mundo já foram tomadas atitudes para acabar com o uso dos sacos plásticos. Em São Francisco, nos EUA, foi proibida a utilização desses sacos em supermercados e farmácias. Na Europa, vários países – Alemanha e Dinamarca, entre outros – já evitam a entrega gratuita de sacos pelos supermercados à clientela. Na Irlanda, por exemplo, há um imposto de 0,22€ para cada saco plástico distribuído, o que reduziu em 90% o uso. E melhor ainda: todo o dinheiro recolhido vai para projetos ambientais.

Em Zanzibar (um conjunto de ilhas na África), também foi proibido o uso das sacolas plásticas, pois o turismo que é principal atividade econômica esta sendo prejudicado pelos danos à vida marinha. Mas lá a atitude foi bem radical: se você usar um saco plástico, pega seis meses de cadeia ou paga 02 mil dólares de multa.


E você, o que acha que poderia ser feito para diminuir a utilização de sacolas plásticas em Porto Alegre: não deixe de postar sua opinião!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Transformação do lixo inspira educação ambiental

O lixo deixado às margens do Guaíba, no Parque Marinha do Brasil, em Porto Alegre, transformou-se em brinquedos e atualmente forma uma coleção com mais de 200 peças pela iniciativa do jardineiro Carlos Aparício da Silva de Aguiar. Funcionários da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, o Teixeirinha, como é conhecido, começou há quatro anos a recolher o lixo e a criar bonecos e bichos. Além de integrar sua coleção, o material faz parte de uma exposição que serve de base aos trabalhos de educação ambiental. “Começou como passatempo e passou a ser um meio de expor como a poluição está crescendo”, afirma Teixeirinha, jardineiro de parque há mais de 20 anos.


Entre os itens, estão os bichos e insetos feitos com plásticos, como garrafas PET e embalagens de xampu. Com o passar do tempo, o material é constantemente atualizado. A última invenção do jardineiro foi o casal “lixolino e lixolina”. Eles têm quase 1 metro de altura e são feitos com garrafas PET e preenchidos com tampinhas. Na lista dos itens prediletos estão uma tartaruga de plástico e os mosquitos de tampinha de garrafa.


Na exposição chamam a atenção bonecos feitos com material eletrônico, como celulares e lâmpadas. Para simbolizar a produção de lixo, ele criou o “navegador dos sete mares”. O boneco, feito de placa de computador, está em um barco de metal e cheio de pilhas. A exposição percorre secretarias municipais e escolas, ressaltando a importância de se reciclar o lixo.


Fonte: Jornal Correio do Povo

Lixo de TI gera trabalho e renda em Porto Alegre

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Um ex-trabalhador do setor de informática encontrou no lixo de TI (Tecnologia da Informação) uma forma de gerar trabalho e renda e colaborar com o meio ambiente. Há 10 anos, Marco Antônio dos Santos recicla computadores e periféricos em Porto Alegre (RS), desmontando-os e vendendo as peças para empresas. "A única coisa que não pode ser reciclada é o monitor CRT", diz ele, que guarda todos os monitores que recebe em seu galpão para evitar que químicos como chumbo, perigoso para a saúde humana e para o meio ambiente, fiquem jogados pela rua.

Marco começou a trabalhar com o lixo a partir de um convite de uma empresa do setor em São Paulo, que estava querendo ampliar a compra de materiais reciclados. Passou a agregar integrantes da família e a contratar funcionários e em 2005 fundou a sua empresa, a Lumar Comércio de Metais e Eletrônicos - sempre mantendo a parceria com a empresa de SP.

Em um terreno na avenida Voluntários da Pátria, na Capital, Marco faz a triagem do material de informática que compra de catadores, universidades, hospitais e de empresas tanto públicas quanto privadas. O que for lata e sucata de metal fica no estado e é vendido à siderúrgica Gerdau. As placas e os componentes internos do CPU são enviados à empresa de SP, que tritura o material e depois exporta para que seja feita a separação dos componentes químicos. "Cada placa contém um tipo de metal, uma matéria-prima reaproveitável como silício, cobre, estanho, ouro, prata e paládio", diz.

Já no caso do monitor CRT (tubo), como não tem saída comercial, Marco apenas o recebe e estoca na empresa. Atualmente, no terreno da Lumar há uma pilha gigantesca com cerca de 10 mil monitores. "Os catadores e as crianças geralmente quebram o monitor, tiram o cobre e depois jogam o que não querem no rio, poluindo o meio ambiente. Sem contar que entram em contato com os materiais químicos, podendo ficar doentes", argumenta, mostrando a importância de seu trabalho.

A Lumar emprega 10 pessoas. Também movimenta transportadoras, já que recebe materiais de empresas do interior do RS. Com as sobras do lixo, Marco ainda consegue montar computadores para ongs (Organizações não-governamentais) e para os seus funcionários.

Reportagem completa em:

domingo, 6 de junho de 2010

Hotel feito de lixo em Roma


Construído com 12 mil quilos de resíduos, Roma recebeu nessa semana um novo hotel provisório, o primeiro do mundo feito somente de lixo em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente. A obra foi desenvolvida pelo artista alemão H.A. Schult sendo construída com lixo jogado em praias da Europa (estima-se que 12 mil quilos de dejetos são despejados por ano em uma faixa de apenas 3 quilômetros quadrados das praias européias).
O prédio do Hotel Save the Beach possui 8 metros de altura, 12 metros de comprimento, cinco quartos e está disponível para todos aqueles que desejam expressar seu comprometimento com a limpeza da costa. A obra ficará em funcionamento até o dia 07/06/2010.

Fontes
http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4474461-EI238,00-Em+campanha+ambiental+modelo+inaugura+hotel+de+lixo+em+Roma.html

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1586381

sábado, 5 de junho de 2010

Resultado da Enquete - Mês de Maio/2010

Olá, leitores do blog!
Após cerca de 1 mês com a enquete "Você separa o lixo em casa", chegamos a um resultado final. 79 pessoas responderam a pergunta e, destas, 55% afirmaram que SEMPRE fazem a separação entre lixo seco e orgânico em suas residências, 25% responderam que adotam esta prática ÀS VEZES e, 15% declararam NUNCA separarem os resíduos em suas casas.
Ou seja, de 79 pessoas, apenas 15 delas não realizam nenhum tipo de ação quanto à separação entre lixo orgânico e seco a fim de encaminhar os resíduos reaproveitáveis para reciclagem.
Aguarde nossa nova enquete para o mês de Junho, contamos com sua participação!!
Até lá.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Mobilize-se e celebre o Dia Mundial do Meio Ambiente

Que tal juntar-se a uma ação global e tornar-se “verde”? É o que propõe o WED 2010, ação liderada pelo PNUMA

A urgência por um melhor gerenciamento da riqueza de espécies e ecossistemas do Planeta é a mensagem do WED 2010, que significa tornar-se “verde”. A celebração, liderada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), é realizada todo dia 5 de junho. Para este ano, o WED tem como tema “Muitas espécies, um Planeta, um futuro” e, com isso visa incentivar a tomada de atitudes em prol da proteção do meio ambiente. Vale tudo, desde pequenas atividades individuais e escolares até grandes iniciativas de comunidades e corporações multinacionais.

Mesmo com resultados promissores resultado dos esforços para a conservação em diferentes partes do Planeta, espécies estão se extinguindo em um ritmo muito rápido e isso, em sua maior parte, se deve às ações de consumo do homem. “Podemos ter atitudes e práticas mais conscientes e contribuir para a sustentabilidade da vida no Planeta. Consumir com consciência não é não consumir, mas sim consumir de uma forma diferente, conhecendo os impactos desse consumo para a sociedade, para o meio ambiente e para a economia”, afirma Heloisa Mello, gerente de operações do Instituto Akatu.

Portanto, que tal participar dessa mobilização? Junte-se ao WED 2010, convide sua comunidade a aderir às ações individuais e coletivas em busca de um estilo de vida mais sustentável. Saiba mais clicando aqui.

Instituto Akatu

Saiba mais sobre o Instituto Akatu e seu trabalho de conscientização e mobilização da sociedade para o consumo consciente.