terça-feira, 8 de junho de 2010

Lixo de TI gera trabalho e renda em Porto Alegre

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Um ex-trabalhador do setor de informática encontrou no lixo de TI (Tecnologia da Informação) uma forma de gerar trabalho e renda e colaborar com o meio ambiente. Há 10 anos, Marco Antônio dos Santos recicla computadores e periféricos em Porto Alegre (RS), desmontando-os e vendendo as peças para empresas. "A única coisa que não pode ser reciclada é o monitor CRT", diz ele, que guarda todos os monitores que recebe em seu galpão para evitar que químicos como chumbo, perigoso para a saúde humana e para o meio ambiente, fiquem jogados pela rua.

Marco começou a trabalhar com o lixo a partir de um convite de uma empresa do setor em São Paulo, que estava querendo ampliar a compra de materiais reciclados. Passou a agregar integrantes da família e a contratar funcionários e em 2005 fundou a sua empresa, a Lumar Comércio de Metais e Eletrônicos - sempre mantendo a parceria com a empresa de SP.

Em um terreno na avenida Voluntários da Pátria, na Capital, Marco faz a triagem do material de informática que compra de catadores, universidades, hospitais e de empresas tanto públicas quanto privadas. O que for lata e sucata de metal fica no estado e é vendido à siderúrgica Gerdau. As placas e os componentes internos do CPU são enviados à empresa de SP, que tritura o material e depois exporta para que seja feita a separação dos componentes químicos. "Cada placa contém um tipo de metal, uma matéria-prima reaproveitável como silício, cobre, estanho, ouro, prata e paládio", diz.

Já no caso do monitor CRT (tubo), como não tem saída comercial, Marco apenas o recebe e estoca na empresa. Atualmente, no terreno da Lumar há uma pilha gigantesca com cerca de 10 mil monitores. "Os catadores e as crianças geralmente quebram o monitor, tiram o cobre e depois jogam o que não querem no rio, poluindo o meio ambiente. Sem contar que entram em contato com os materiais químicos, podendo ficar doentes", argumenta, mostrando a importância de seu trabalho.

A Lumar emprega 10 pessoas. Também movimenta transportadoras, já que recebe materiais de empresas do interior do RS. Com as sobras do lixo, Marco ainda consegue montar computadores para ongs (Organizações não-governamentais) e para os seus funcionários.

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